[RESENHA]: Flores Para Algernon - Daniel Keyes

 

Título: Flores Para Algernon

Autor(a):  Daniel Keyes

Páginas: 288

Ano de Publicação: 2018

Editora: Aleph

Skoob: AQUI

Compre Aqui: Amazon


Sinopse:  Com excesso de erros no início do romance, os relatos de Charlie revelam sua condição limitada, consequência de uma grave deficiência intelectual, que ao menos o mantém protegido dentro de um “mundo” particular – indiferente às gozações dos colegas de trabalho e intocado por tragédias familiares. Porém, ao participar de uma cirurgia revolucionária que aumenta o seu QI, ele não apenas se torna mais inteligente que os próprios médicos que o operaram, como também vira testemunha de uma nova realidade: ácida, crua e problemática. Se o conhecimento é uma benção, Daniel Keyes constrói um personagem complexo e intrigante, que questiona essa sorte e reflete sobre suas relações sociais e a própria existência. E tudo isso ao lado de Algernon, seu rato de estimação e a primeira cobaia bem-sucedida no processo cirúrgico. Perturbador e profundo, Flores para Algernon é tão contemporâneo quanto na época de sua primeira publicação, debatendo visões de mundo, relações interpessoais e, claro, a percepção sobre nós mesmos. Assim, se você está preparado para explorar as realidades de Charlie Gordon, também é a chance para perguntar: afinal, o mundo que sempre percebemos a nossa volta realmente existe?


Publicado originalmente em 1966, Flores para Algernon foi o grande expoente da carreira do escritor, ganhador do prêmio Nebula e inspiração para o filme Os Dois Mundos de Charly (1968) - que garantiu a Cliff Robertson o Oscar de Melhor Ator. E com mais de 5 milhões de exemplares vendidos e referência dentro das escolas dos Estados Unidos, a obra surgiu sobre as palavras de um homem de 32 anos e 68 de QI: Charlie Gordon.


Hora de voltar com as resenhas por aqui! Um dos motivos que me trouxeram ao blog foi a saudade de  escrever textos longos, falar sobre as minhas leituras com mais riqueza de detalhes, ter espaço para me expressar. E nada melhor do que voltar com uma das minhas melhores leituras de  2021 (Sim, tenho muuuitas resenhas para trazer pra vocês), e que com certeza entrou para a minha lista de favoritos da vida: Flores Para Algernon.

Não tenho o hábito de ler ficcção científica, e justamente por ter a curiosidade com o gênero e querer sair da minha zona de conforto, resolvi fazer essa leitura. Gostei tanto que vivo indicando por ai, dei de presente pra minha irmã ano passado, e tivemos um debate super legal quando ela terminou a leitura. Spoiler: ela também amou e se emocionou!


Flores para Algernon é um clássico da ficção científica. A história é contada através de diários de Charlie Gordon, um homem com deficiência intelectual que se submete a uma cirurgia experimental para aumentar sua inteligência. O procedimento, que já havia sido realizado com um rato chamado Algernon, resulta em um notável aumento de QI para Charlie, permitindo-lhe experimentar o mundo de uma nova perspectiva.


À medida que Charlie se torna mais inteligente, ele também se torna mais consciente das complexidades emocionais e sociais ao seu redor, mas ser consciente não quer dizer que ele tenha intêligencia emocional, o que gera situações constrangedoras quando ele não mede muito as palavras ou não sabe como lidar com o sentimento alheio. 


O livro questiona se a inteligência realmente traz felicidade e se o tratamento de pessoas com deficiência deve ser considerado sob a ótica da ética e do respeito. Um dos pontos que me doeu durante a leitura, é quando o Charlie percebe que o ele achava que era brincadeira na verdade era ironia, deboche, que pessoas que ele achava que eram seus amigos, zombavam dele o tempo todo, e ele não entendia. Foi triste acompanhar essa percepção dele.



A mensagem central do livro aborda temas como a natureza da inteligência, a ética da ciência e a importância da empatia. A narrativa é profundamente tocante, explorando a evolução de Charlie tanto intelectual quanto emocionalmente. O leitor se conecta com suas alegrias e tristezas. Além disso, o livro provoca reflexões sobre o que significa ser humano e como a sociedade trata aqueles que são diferentes.


O formato do diário permite uma imersão na mente de Charlie, fazendo com que o leitor viva suas transformações de maneira vívida e impactante. No início eu estranhei um pouco, pois como são diários escritos pelo próprio Charlie, tem muitos erros de português, em alguns momentos precisamos "interpretar" o que o Charlie quis dizer. Algumas partes do livro podem parecer lentas, especialmente durante os momentos em que Charlie está processando suas experiências e emoções, mas vale a pena insistir na leitura viu?


Em suma, "Flores para Algernon" é uma obra poderosa e emotiva que, que prende o leitor por sua exploração profunda da condição humana e das complexidades da inteligência. É um livro que desafia o leitor a pensar sobre empatia, ética e a verdadeira natureza da felicidade.


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário